"...Força e delicadeza, sonho e precisão
(...)
Seja firme, seja leve, seja bravo, seja breve..."
Engolir palavras é a melhor maneira de evitar que sejam mal-ditas, é a ironia dos contrários, tornando o grito mudo do silêncio em algo coloquial; expressões e termos côncavos e convexos que levam à confusão mental e ideias contrárias e enroladas.
Com as mãos atadas não se consegue folhear os livros, cabe à imaginação provocar os sentidos apurados de se ler nas entrelinhas. Precisa-se de olhos treinados, ouvidos apurados e senso crítico aguçado, pois frequentemente as entrelinhas são más interpretadas e, por falar nisso, novamente, tenho medo de mal interpretar, de persuadir, de imaginar, projetar algo confuso e um tanto disperso. Por isso que as vezes se faz necessário engolir palavras vagas para que sejam digeridas frases inteiras, muitas vezes indigestas, é verdade, talvez por temperos ruins... talvez, por estômagos sensíveis, não sei!
Os pensamentos projetam, as palavras executam. É assim que eu costumo pensar... e, as vezes, dizer.