É...
acredite, eu quase nem lembrava mais da senha desse meu espaço, por alguns
meses eu esqueci, de fato, até, que ele existia, foi aí que uma música
trouxe-me de volta à poesia, às letras, ao blog.
Guardo
uma agenda antiga, não com segredos, mas com informações valiosas: achei
senhas, músicas, fotos, saudades... é achei coisas demais, mas não obstante
achei coisas que precisava reler, rever! Devaneios tolos voltam a me dominar, e
mais uma vez eu ligo a tecla da Escrita.
As
pessoas não acreditam que podem voltar no tempo, tolos, não têm sentimentos.
Hoje eu voltei no tempo, foi louco, li postagens minhas e dos outros, coisas
tão bonitas que eu mesmo escrevi que eu cheguei a duvidar se tinha sido mesmo
eu quem tinha escrito... passei a folha, li partituras e cifras, alguns
rabiscados de poemas, sim... era uma canção de amor, estranho, não sabia mais
tocá-la, realmente, eu não tinha feito-a pra mim, fora apenas um presente...
passei a folha, percebi que tinha sido não apenas uma, mas várias, ri. Passei
mais folhas, e percebi quanta coisa tinha mudado, em mim, ao meu redor, nos
outros. Eu poderia fazer um livro, mas não seria tão engraçado quanto eu
imagino, nem tão trágico quanto de fato foi. Percebo que algumas coisas ficaram
de lição – se eu aprendi com elas é outra história – mas percebo que tudo que
ora vivemos deixam marcas: sorrisos, sofrimentos e sofrências, o
importante é viver e se doar de corpo e alma naquilo que se vive... deixe-se,
permita-se, liberte-se!
Voltei,
não sei por quanto tempo, eu tive fora uns dias, viajando no expresso do
oriente, mas vez por outra estarei por aqui, tentando deixar um pouco do que
penso, pra quem sabe no futuro encontrar agendas antigas, passar as páginas e
me lembrar de quem eu sou.