Quem sou eu

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Como diria Os Novos Baianos "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso". Não sou blogueiro e nem me identifico com o termo "escritor", apenas uso esse espaço pra depositar meus pensamentos em forma de palavras. Paraíbano e riotintense com orgulho.
"Se lembrar de celebrar muito mais..."
(Fernando Anitelli)

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Desculpe os transtornos, estou...


...

Por maior que seja minha displicência, não credito ao acaso os erros ou momentos que passaram despercebidos, nem os que possivelmente virão. Não vivo com um roteiro debaixo do braço, não ensaio na frente do espelho o que devo fazer na próxima "cena"... Sou fraco, medroso, feio, chato, grosso... Mas sou humano, tenho um coração que pulsa de forma vociferada aos eufemismos que ora vejo e leio, tenho um cérebro que processa de forma bipolar as informações turvas.
Sou uma obra, vivo em construção... Por isso, perdoem-me os transtornos e infortúnios, estou em busca de uma melhora na estrutura para poder melhor ser, para poder melhor servir.


Agradece à direção.

Aos Sempre Amigos VIII vezes melhor...



Tenho dito ao longo dos anos em que me é suscitado à palavra, que o Sempre Amigos é bem mais que uma farra, é bem mais que a bebedeira, e pra minha felicidade pude perceber o amadurecimento dos ‘sempre amigos’ presentes nesse esse ano, todos começaram a perceber qual maior que nós é o nosso evento. Fiquei, e ainda estou muito... muito feliz por tudo que ocorreu esse ano, pelos certificados controversos que recebi, de “O camarada do ano” e o de “esse cara sou eu”.
Com nosso dia-a-dia cada vez mais corrido e jocoso, muitas vezes não temos tempo de parar pra conversar, rir, lembrar... enfim, nos divertir... o termo ‘distante’ se aplica apenas à distância física, pois a espiritual e afetiva estão sempre em nós, a nosso favor. Parto sempre do princípio que a união não é basicamente física, mas sim psíquica... enquanto houver vida, há motivos para celebrar e se lembrar.
Enfim, obrigado... muito obrigado a todos que acreditam na união que nos leva, mesmo diante das dificuldade a celebrarmos e nos confraternizarmos ao longo dos anos, principalmente àqueles guerreiros que estão comigo desde o princípio, desde o ano I, ou, até mesmo antes disso... nas farras da vida. Conseguimos, esse ano, ajudar a quem mais necessita, com os quilos de alimentos que juntamos... Essa é mais uma função nossa, função social que precisamos promover e desempenhar. 
Mais uma vez, obrigado, a sensação de dever cumprido me bate o peito e faz com que todo o cansaço e stress da organização fique pra trás e dê espaço a felicidade de ter dado tudo certo. Conto com vocês no ano IX, X, XI, XII, XIII e assim por diante... Até por que, como diz o poeta e que consta na frase desse ano: “Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior...”

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Como folgar os nós da gravata!?


O que será então que muda completamente o sentido, a razão... O que será, então, que causa a falta algumas vontades, a falta de algumas, até então, verdades?! O que será que gera um abuso de fatos, atos?! O que será que faz com que nossos ouvidos se fecharem (como nossos olhos) à ponto de não mais ouvir o “blah blah blah” de sempre...
Não me perguntem, então, a resposta! A dúvida que me consome é bem maior que às respostas que tenho (e bem mais complexas). Não sei, Acho que a falta de algumas respostas que parecem ser um tanto retóricas, gera um silêncio interno intenso e um pensamento confuso, meio associado a um furacão, meio associado à uma alusão, que passa deixando rastros da bagunça.
Acho que eu esqueci de folgar os nós da gravata, os nós dos sapatos. Apostei nos desejos, nos ensejos. Acho que esqueci de pesquisar, questionar sobre o que, de fato, é inerte. Percebo que se transformaram em involuntariedades, frugalidades.


“Finge que não vê, diz que não foi nada e leva mais porrada...”

domingo, 4 de novembro de 2012

Madrugada.



Olá madrugada... dar-te-ei meu mais querido abraço
Depositarei, em ti, as mais intermináveis conversas,
Como àquelas ao telefone em que sempre alguém interrompe.

Olá madrugada, suga-me o néctar do intelecto

E deleita-te sobre o mais sublime esplendor das estrelas.
Assobia teu vento frio com cheiro de natureza
Mostra-me tua cara, num pequeno deslize da tristeza.

Olá, madrugada... Boa noite!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O Soldado da Paz!



Gostaria que a Paz tivesse mais tempo na TV, pra de uma vez por todas mostrar suas propostas e intenções. A guerra já mostrou o que tinha de mostrar, não dá mais ibope, não dá mais novidades... O enfadonho discurso pacificador, hoje, fica arraigado a conjecturas políticas, que metamorfoseiam em atitudes ambíguas.
Não dá mais pra guerra, ela perdeu a luta, perdeu o sentido, perdeu a vida. A Humanidade já percebeu que nenhuma arma é mais poderosa que nossa capacidade de raciocinar e lutar (não brigar) por um ideal em comum, por objetivos de melhorias sociais acima de objetivos individuais.
O mundo evoluiu, os modos evoluíram. Ainda que os “senhores da guerra” tentem montar motivos para que mais guerras aconteçam, acredito, eu, no alto do meu grito surdo, que os bodes expiatórios cansaram de gerar lucro pra uma maltrapilha e criminosa indústria bélica... O foco do “senhores” continuam o mesmo, promover o ódio estimulando a intolerância e cólera alheia, persistindo em provocações idealísticas, religiosas e extremistas contra um povo enfadado que já nem sabe mais quem são seus inimigos, e hoje, lutam, na verdade, pra defender-se sabe-se lá de que, sabe-se lá de quem.

(...)
                                
Que a paz volte a brilhar, que todos encontrem seu lugar, pois lugar, com certeza, há.

                                                                '


.                                                                                                                                .

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A minha irmã...



A mais perfeita liberdade se encontra no pensamento livre, nos vôos imaginários, saciando-se sobre a sede do saber, deleitando-se sobre os mistérios mais profundos, sobre os paradigmas mais difusos.
A imaginação e a história, por si só, andam sempre abraçadas a fim de perpetuar algo aceito de bom grado. A curiosidade, ao longo dos séculos não tem matado apenas os ‘gatos’ (como diz o dito popular), mas também a ignorância de muitos que se propõe a lapidar-se, se encontrando em meio as suas verdades, passando do estagio de estagnação à um estágio de questionamentos. Pois esse sim, gera o saber, pois são as dúvidas que movimentam o mundo, não as repostas.
E, como diria o poeta: “do muito que lemos, do pouco que sabemos”, nada mais justo que procurarmos respostas empíricas e históricas do passado, baseadas em fatos, pra que entendamos o hoje e o futuro... Bebendo cada vez mais desse cálice, encontraremos a luz.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Onde tudo deve estar!




É incrível como algumas coisas marcam a gente... Seja um momento bom, seja um momento ruim, tem sempre alguma coisa que nos marca, seja uma música, um lugar, um cheiro... Sei lá, qualquer coisa, que, de qualquer modo te faz voltar no tempo de uma forma incrivelmente rápida e impar, sentindo espasmos quase reais e iguais ao primeiro.
A precisão dos nossos pensamentos ao montar toda história novamente, nos remete a epifania dos atos e palavras... a pele sente a mesma sensação, os olhos sentem à mesma dilatação, o coração, por sua vez, sente a mesma palpitação.
Precisamos, mesmo, de vez em quando, de algumas injeções de ‘bola pra frente’ pra aprender que tudo que já passou – bom ou ruim – já passou! E, que, mesmo que vez por outra algum tipo de vulcão queira entrar em erupção, adormeça com a mesma velocidade de vinda, por que ainda existe muito por vir, e muito virá.
E que a vida, em seu ritual implacável, coloca tudo, onde tudo deve estar. Como um sol, depois da tempestade. Como uma brisa no calor. Como o amor, depois da dor.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Abra um sorriso...



Se uma imagem vale mesmo mais que mil palavras, o que falar de um sorriso? Quantas palavras ele vale?!
Questiono-me sobre quantos textos de milhares e milhões de palavras já foram inspirados por apenas um sorriso; quantos segredos existem por trás do mais clássico dos sorrisos: Mona Lisa! Como, apenas um sorriso pode mudar o dia.
 Mas, volto a perguntar, quanto será que vale um sorriso desses que inspiram, desses que despertam os mais bonitos sentimentos, as mais intensas sensações?! ... Sei que não se mede de forma monetária, não é disso que falo. Falo do algo a mais, do silêncio que causa, do mosaico que cria. Falo da sinceridade da expressão, do choque à visão, da simplicidade e ousadia, falo do sincronismo entre o olhar e o rosto, do poetismo envolto.
Enfim, tento me expressar de forma diferente, sobre o que poderia ser mais apreciado e famoso que lágrimas no rosto, abra um sorriso, e faça dele seu abrigo.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Dicionarizando-me




Vez por outras troco as palavras por pensamentos, transfiguro-me de interrogações à exclamações, de exclamações à reticências... e assim por diante. Silencio muitas vezes pra que eu possa ouvir a bagunça do meu coração, que em pura disritmia, organiza seus móveis.
Ouço um amontoado de vozes interiores que falam em idiomas distintos - preciso de dicionários - pois há tantas coisas aqui fora que eu não entendo, e ao buscar respostas no meu interior, questiono-me com mais e mais interpelações infindas.
Esse ser um tanto disperso, que às vezes desaparece e recomeça nunca se esquece de que precisa por pra fora tudo aquilo que emana na vastidão de seu universo, não como obrigação, mas por prazer... Entretanto, esse mesmo cara, precisa, severamente, de tempo pra traduzir tudo como deve ser, precisa de coragem para romper o marasmo, precisa de tempo pra organizar-se, pra que depois ele possa desorganizar.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Aberta(mente)



Os acertos são frutos dos erros; os erros, por sua vez, fruto das tentativas; as tentativas, fruto da vontade; a vontade, fruto do querer.
É tudo parte de um processo, de uma pirâmide, que ao chegar à seu final, volta ao início e recomeça mais uma vez, e assim, de forma cíclica vai tornando as ocasiões um tanto curiosas... sem a certeza de quando iremos acertar, relevamos todas as opções acerca disso e nos ansiamos loucamente pelo resultado, de modo que fica interessante tentar sempre chegar ao topo da pirâmide.
A busca incessante pelos acertos distorce a verdadeira função dos erros, não que seja legal ou correto errar, mas que é absolutamente normal (pelo menos aqueles que são na tentativa de acertar)...
Lute pelo que julga certo... e se este for o errado, que seja você mesmo que considere o fato, e não imposto por ninguém, reconsidere algumas objeções, considere as sanções... não perca o foco e busque sempre soluções.

sábado, 9 de junho de 2012

Quero, apenas, tocar meu violão...



Quero apenas um lugar pra tocar meu violão, quero apenas um lugar pra mostrar as notas que eu fiz, as junções, os acidentes as diminutas...
Quero apenas um lugar onde eu possa soltar minha voz de forma vociferada, onde ninguém reclame das minhas desafinações, onde possa, eu, desafinar, usar fermatas, correções e abreviações...
Quero apensar me arriscar nas curvas das canções e das notas relativas, quero desafiar as escalas, quebrá-las e juntá-las novamente.
Quero fazer um samba à moda antiga, um rock alternativo, um pop progressivo, um MPB agressivo.
Quero não ter que se encaixar em nenhuma nomenclatura, em nenhum estilo, em nenhuma propositura.
Quero amorizar os dons, movimentar o som... Eu quero espaço, preciso de espaço pra dançar os ritmos que fiz, pra cantar de braços abertos as notas combinadas...
Quero do simples, o sofisticado... da arte o meu alado. Quero cada vez mais tocar as notas da canção...
                                               Quero apenas, tocar meu violão.

terça-feira, 5 de junho de 2012

O show tem que continuar...




O sentimento de mais um dever cumprido vai além de apenas realização, vai além de apenas lágrimas no rosto, vai além de um abraço nos companheiros/irmãos.
O sentimento de mais um dever cumprido faz palpitar o coração de uma forma desritmada e alegrar-se de forma descontrolada...
A gente só quer dançar como se ninguém tivesse vendo, a gente só quer mostrar nossa forma de celebrar à Cristo;
A gente só quer fazer o bem sem olhar a quem; a gente só quer amar, a gente quer mostrar nossa cara, pintada de palhaço ou não;
A gente que se embebedar das maravilhas do amor de Deus; a gente quer dançar o “piripiri” pra mostrar toda nossa descontração;
A gente quer sair nas ruas cantando a vinda de novos jovens ao encontro com Deus; a gente quer ajudar, se ajudar, ser ajudado; quero mostrar e provar a maravilha da verdadeira amizade; quero mostrar àquele que quer ver, de onde vem toda nossa euforia.
A gente prefere falar de cabeça fria, pois cabeça quente traz palavras ardidas, e a gente prefere esquentar a cabeça com o sol de cada dia de nossas labutas diárias, preferindo deixa de lado os despautérios, arregaçar as mangas e visualizar nosso próximo objetivo, alcançá-lo como meta e conquistá-lo como título.

Rasga baleia !!

Avante, EJC – Amo muito tudo isso.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Sou meu pior inimigo.


Sou meu pior inimigo. Deleito-me no desprazer de contrariar, me escondendo e me achando numa velocidade absurda.
Sou meu pior inimigo. Exagero nas pancadas internas, externo hematomas sentimentais com vestígios ‘auto-flagelantes’.
Sou meu pior inimigo. Construo minhas próprias barreiras, quebro meus próprios paradigmas e não os dissoluo tão facilmente.
Sou meu pior inimigo. Trafego entre linhas tênues e as vezes escondidas, tentando, de algum modo e do nada, respostas pra tudo.
Sou meu pior inimigo. Transformo as lutas em brigas, e, por livre e estúpida vontade acumulo alguns fardos um tanto pesados.
Sou meu pior inimigo. Faço minhas tempestades e vez por outra uso copos d’água.

sábado, 5 de maio de 2012

“Da felicidade, da dúvida, dor de barriga...”




Se o amor for mesmo filme, e nós somos mesmos os protagonistas de nossos próprios longas e curtas:
 Quem é que dirige o filme? Quem é o diretor? E o pior, quem assiste? Quem faz a crítica?
Quem homenageia as boas histórias? Quem critica os maus atores? E a figuração, ela participada filme?
E quanto aos eventos exógenos ao modelo proposto? Quanto aos imprevistos nos dias de gravação?
E quando a fita quebra? E quando a câmera falha? E quando os atores não decoram seus textos?
Qual seria o tema do filme? Qual o gênero? E quanto à censura? E quanto a lisura?

Filmes têm fim; atores mudam de papel; roteiros mudam com o tempo; o tempo muda o roteiro; a interpretação, a sessão.
Os rolos e rolos de imagens sequenciais ora são apresentações excitantes na grande tela do nosso mundo, ora são apenas memórias bucólicas de uma eternidade disfarçada em momentos, ou, momentos disfarçados em eternidades. Posto que é: drama, aventura, mentira, comédia romântica



Mas... se os pagantes exigirem bis?

sábado, 21 de abril de 2012

Da luta não me retiro.


Ninguém é imune a nada nessa vida, somos todos passageiros em uma estrada louca, com caminhos de pedras, curvas acentuadas e situações inevitáveis.
O que vale mesmo é encher a mochila de lições a cada tropeço, percas e derrotas, pois assim as vitórias e momentos felizes serão eternizadas pela sua intensidade e não, apenas, no sentido temporal.
Certo dia, li em algum canto que a briga, ela tem uma duração, um momento... mas a luta, a luta não, ela é constante, contínuo. Tem gente que mata um leão por dia, tem gente que pare um leão por dia, tem gente que procura um leão por dia... tem gente que toma um sossega leão por dia.
Mas, sabe, seja lá o modo em que sua luta for levada e o "pelo que você luta", o que importa mesmo, de fato, é que você não desista, que lute, persista, levante a cabeça, enxugue as lágrimas, sacuda a poeira... e sobretudo, dê a volta por cima... não por cima de alguém ou outrem, dê a volta por cima das suas angústias. "Bata na porta da vida e diga: Não tenho medo de vivê-la" (Augusto Cury). e acrescente, dizendo: "Dá luta não me retiro".

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Pois nunca ninguém disse que seria fácil, mas também nunca foi dito que seria ruim. Sorria !

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Letras e cafés...



Ele tinha muitas palavras, na verdade textos inteiros, com questões intermináveis que falavam de rotinas bruscas... de amores ‘desamorizados’; de soluções quase mágicas para problemas corriqueiros, enfim... coisas cotidianas. Passou a ler mais a fim de conseguir novos impulsos de inspiração para temas deveras relevantes, questionou-se se essa seria a medida mais correta, uma vez que não se deixava alterar por pontos de vistas de outrem.
Muitas vezes ele tentou escrever, mas as palavras escritas muitas vezes não traduziam aquilo que na verdade queria expor, e do pouco que observou, percebeu que isso era o que mais acontecia a seu redor... pessoas, muitas vezes, proferindo aquilo que apenas é de senso comum, ou no mínimo, bonito, aceitável socialmente, e que de alguma forma gerasse um sentimento nas outras pessoas de algum intelectualismo disfarçado, embora, este, fosse um blefe profissional.
Ele riu, como sempre costumara fazer, bebeu um pouco de café, balançou negativamente a cabeça, apagou todo o rascunho feito, olhou para o relógio, percebeu que já era madrugada, agora sim, o silêncio que precedia os primeiros raios solares lhe daria algumas boas ideias e palavras recheadas apenas de si mesmo, pois logo amanhancerá.

segunda-feira, 26 de março de 2012

"...Menos é melhor..."


Com a ajuda da parcimônia, ele viu na ciência um conceito bastante interessante, de uma explicação simples passa-se a ser uma observação. Limitou-se a observar – principalmente seus atos – e fez relatórios extravagantes, cheios de exageros e muitos detalhes... torceu os lábios, leu mais uma vez sobre a parcimônia... Jogou papeis, conceitos, pensamentos e preocupações no lixo e repetiu pra si: “Menos é melhor”. Sorriu feito um bobo, tentou fazer uma canção, ficou sentado sozinho, dessa vez desacompanhado de pesos desnecessários, teve uma crise de riso, bebeu algumas doses de uísque, pensou em ler Hermann Hesse, mas acabou dormindo.

domingo, 4 de março de 2012

No papel


Escrevo por que há uma necessidade imensa de erupir, como um vulcão, todos devaneios que norteiam minhas ideias, tira-las da mente e pô-las num pedaço de papel já é alguma coisa... um norte, um centro, um momento. Não mais, nem menos que isso.
Posto que prefiro inspirar fatos e exalar pensamentos, prefiro escrever à dizer, prefiro cantar à queixar. É nesse ritmo que eu vou, é nesse compasso descompassado que tento ritmar as palavras desafinadas que por hora saem pelas minhas mãos, dissecando as falácias alheias, tentando achar um mínimo de sentido nas controvérsias paralelas que hora se cruzam com uma precisão geométrica, causando uma incisão quase cirúrgica de argumentos quase corretos, ora tortos, ora tolos. Mas, ora... são apenas esboços.
Assim como esse texto, assim como as ideias que horas saem do papel e se tornam sonhos, ora saem dos sonhos e se tornam papel, ora saem dos dois e se tornam música, poesia... algo completamente diferente daquilo que entrou.
É assim mesmo, acho que se trata, não de coragem, mas, primeiro de vontade, esta que é primária dos erros; Todavia, se trata, também, de acertos, pelos menos, de precisão coloquial das metáforas personificadas. Mas, por fim, se tratam apenas, e, ainda, de ideias de sonhos, por isso o papel, pois os fatos e as realizações não estarão à visão de ninguém, apenas escritas em nossas mentes, daí, passarão a ser, novamente, pensamentos, só que agora, do que foi e não mais do que será.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Quixotes...


Um completo Otário...

Foi assim que ele se sentiu quando, da pior maneira que considerava possível, descobriu que os dragões eram apenas moinhos de vento... logo ele que disse que não era qualquer notícia que abalava seu coração... ele disse, também, tantas outras coisas... Sentiu-se culpado, policiou-se, achava que estava exagerando, quase pediu desculpas... disse que ia mudar. Mas pra que mudar, não é mesmo?! Se o que vale mesmo é continuar...
Foi daí que ele me disse: “Tem que continuar, não dá pra parar... mesmo não entendendo, não querendo... enfim, mesmo temendo. Afinal, não se trata de desistir, mas sim de seguir, com o que tem.”
Daí eu percebi, sejam lá dragões, jargões, moinhos de ventos, brisas leves ou apenas lágrimas... a gente tem é que continuar mesmo (“se parar o ‘dragão’ pega”). Vi que em meio às lágrimas do moço, existia alguém íntegro, repleto de convicções e satisfeito consigo mesmo... resquício de vivência que se fizera experiência em meio ao caos... Repetiu pra mim, várias vezes, citando William Shakespeare: “Não importa o quanto você se importe, as pessoas simplesmente não se importam...”.
Olho-me mais uma vez, tentou me falar, ainda com a voz trêmula, sobre o caminho lindo que havia sido trilhado até ali, e, ainda com olhos marejados repetiu: “Por que, cara?!” (...)
Daí, eu o fiz pensar sobre a frase de Shakespeare que acabara de pronunciar, quase declamando... ele parou um pouco, deu um sorriso de lado e disse, por fim: “Bem vindo a realidade, né?!”... Era notável sua evolução como ser humano, ele dizia pra si mesmo palavras de boa ventura e não mais sinônimos de desprezo. Percebeu que era melhor ser ofendido, a ofender, ser humilhado, a humilhar...
 ser enganado, à enganar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Continuando.



Tem que continuar, não dá pra parar... 
mesmo não entendendo, não querendo... enfim, mesmo temendo. 
Afinal, não se trata de desistir, mas sim de seguir, com o que tem.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Olhos, dos olhos.


Aquele que não tem brilho nos olhos não pode se fantasiar por muito tempo de luz; alguém que não tem brilho nos olhos não pode se gabar de apenas ter olhos bonitos, com uma lente linda e um processador pifado.
Aquele que não tem brilho nos olhos não pode fantasiar um mundo só seu, fingir sentimentos nem exigir pontos de vistas; alguém que não tem brilho nos olhos não encontra facilmente o caminho da luz.
Aquele que não tem brilho nos olhos, nem máscaras pode usar, não dá pra disfarçar, é escancarado, deslavado, encardido, escondido; alguém que não tem brilho nos olhos acha que não deve nada, mas cobra muito.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

“Sonhos parecem verdade...”


Não há quem pague ou se comprometa, não há quem queria e deixe de querer; não há, nem se quer, aquele que levante a voz e a mande sentar; não há sal, nem solução; não há afeto, nem afeição.
O que há?! - Apenas um emaranhado enorme de pensamentos tortos, de caminhos incertos, há o certo também, mas esses são previsíveis demais; há a certeza da dúvida; há, novamente, desafios, e com ele o medo, não maior que a vontade, nem a curiosidade.
Quer saber?! – Deixa pra lá o que não interessa, pois não temos pressa, talvez se nos déssemos conta e pudéssemos pensar, saberíamos diferenciar os grandes dos pequenos, os vitoriosos e os virtuosos. Contaríamos mais que o que há, do que com que não há.
Preferiríamos mais aqueles que são gigantes de coração, brincaríamos nos campos das nossas ideias, voaríamos livres nos nossos sonhos... até que eles parecessem verdades... nossas verdades, e assim, pintaríamos nosso caminho.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Entrelinhas

"...Força e delicadeza, sonho e precisão
(...)
Seja firme, seja leve, seja bravo, seja breve..."


Engolir palavras é a melhor maneira de evitar que sejam mal-ditas, é a ironia dos contrários, tornando o grito mudo do silêncio em algo coloquial; expressões e termos côncavos e convexos que levam à confusão mental e ideias contrárias e enroladas.
Com as mãos atadas não se consegue folhear os livros, cabe à imaginação provocar os sentidos apurados de se ler nas entrelinhas. Precisa-se de olhos treinados, ouvidos apurados e senso crítico aguçado, pois frequentemente as entrelinhas são más interpretadas e, por falar nisso, novamente, tenho medo de mal interpretar, de persuadir, de imaginar, projetar algo confuso e um tanto disperso. Por isso que as vezes se faz necessário engolir palavras vagas para que sejam digeridas frases inteiras, muitas vezes indigestas, é verdade, talvez por temperos ruins... talvez, por estômagos sensíveis, não sei!

Os pensamentos projetam, as palavras executam. É assim que eu costumo pensar... e, as vezes, dizer.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Tenho dito!


Não sou da moda, nem sou tão foda,
Não sou artista, mas tenho malícia.
Não sou perfeito, nem quero ser
Se eu sou feliz?! – Tive que aprender!
Não sou poeta, mas gosto de escrever.

Não sou Adoniram, não gosto de sofrer
Não sou Marcelo Camelo, eu gosto é de vencer...
Vencer a guerra, a luta, a labuta...
Crescer, chorar, amar...
Eu não sou Chico, mas quero tentar.

Talvez eu continue rimando,
Ou talvez eu fique só improvisando
Mas eu sempre estarei caminhando,
Cantando,encantando, dançando todas as músicas
Que a vida me ensinar, assim estarei, assim hei de estar.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Como um pôr-do-sol.



Quando menos se percebe, estamos de mãos dadas com aquilo que mais queríamos, mas não imaginávamos ter;
Quando menos se percebe, você se sente envolto em um laço lindo, onde tudo que se quer, é continuar assim;
Quando menos se percebe, alguém diz que te ama e que nada mais importa a não ser o amor que se sente e a vontade de estar junto;
Quando menos se percebe os planos mudam, passam a ser projetos, mudam não só as idéias, mas também os nomes, as pessoas, os pronomes;
Quando menos se percebe a vida nos mostra que nunca se perde mais do que se ganha;
Quando menos se percebe você se vê feliz e a única coisa que você deseja é que os outros também sejam;
Quando menos se percebe, você conhece o amor, e uma das características... é um sorriso lindo, assim como um pôr-do-sol.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dos dias 04 de Janeiro de cada ano...



"(...) Dias cada vez melhores é o que eu desejo para o mesmo alguém que eu desejei que estivesse comigo todos os dias da minha vida: desejo a você, meu Amor, toda felicidade do mundo. Eu já lhe falei milhões de vezes o quanto você é importante para mim, o quanto eu almejo lhe fazer feliz. Eu já lhe falei milhões de vezes e irei sempre repetir: eu amo você. E quando é Amor - assim com letra maiúscula, como todo Amor de verdade deve ser - a gente sente..."


Por: Ingridd Lima