Escrevo por que há uma necessidade imensa de erupir, como um vulcão, todos devaneios que norteiam minhas ideias, tira-las da mente e pô-las num pedaço de papel já é alguma coisa... um norte, um centro, um momento. Não mais, nem menos que isso.
Posto que prefiro inspirar fatos e exalar pensamentos, prefiro escrever à dizer, prefiro cantar à queixar. É nesse ritmo que eu vou, é nesse compasso descompassado que tento ritmar as palavras desafinadas que por hora saem pelas minhas mãos, dissecando as falácias alheias, tentando achar um mínimo de sentido nas controvérsias paralelas que hora se cruzam com uma precisão geométrica, causando uma incisão quase cirúrgica de argumentos quase corretos, ora tortos, ora tolos. Mas, ora... são apenas esboços.
Assim como esse texto, assim como as ideias que horas saem do papel e se tornam sonhos, ora saem dos sonhos e se tornam papel, ora saem dos dois e se tornam música, poesia... algo completamente diferente daquilo que entrou.
É assim mesmo, acho que se trata, não de coragem, mas, primeiro de vontade, esta que é primária dos erros; Todavia, se trata, também, de acertos, pelos menos, de precisão coloquial das metáforas personificadas. Mas, por fim, se tratam apenas, e, ainda, de ideias de sonhos, por isso o papel, pois os fatos e as realizações não estarão à visão de ninguém, apenas escritas em nossas mentes, daí, passarão a ser, novamente, pensamentos, só que agora, do que foi e não mais do que será.