Quem sou eu

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Como diria Os Novos Baianos "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso". Não sou blogueiro e nem me identifico com o termo "escritor", apenas uso esse espaço pra depositar meus pensamentos em forma de palavras. Paraíbano e riotintense com orgulho.
"Se lembrar de celebrar muito mais..."
(Fernando Anitelli)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"Mas só chove, chove"



Não me restam mais clichês, talvez até nem esperanças... se esta é a última que morre, acho que aqui jaz! ... Se for quando menos se espera que se acontecem as coisas... cá estou eu, louco pra ser surpreendido. O fato de não entender o propósito do momento me deixa um tanto confuso e levanta um monte de questões inerentes à minha personalidade forte, à minha fé, e à minha forma ‘introspectiva’ de viver. É certo que a dúvida tem sido um preço caro à se pagar, mas a sensação de igualdade dos dias me tortura, da forma que aprendi que tudo que acontece conosco deve ser assumido como uma lição, acho que já posso até dar aulas.
Os dias de luz e as tarde de sol a pino têm demorado a chegar, não duvido que chegarão, e também não estou esperando-os chegar... tenho-as procurado, ainda não os encontrei... É, eu sei que às vezes fazemos tempestades num copo d’água, só que dessa vez eu tento usar toda minha forma criativa de improvisação para transformar a tempestade em um copo d’água, tampá-la com a mão e não permitir que saia mais de onde não deveria ter saído. Abrir o guarda-chuva já não adianta muita coisa, já estou molhado, me secar não dá, não estiou ainda... usar palavras repetidas pra novas ocasiões já me cansou, manter a velha esperança pra velhas rotinas não dá mais. A idéia do “to nem aí” não combina comigo, o mundo é pra quem “ta aqui”... acho que é como o Bono diz:
Walk on! Walk on! what you got, they can't steal it no, they can't even feel it Walk on! Walk on! stay safe tonight”

E o único jeito é continuar...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Por enquanto...




Não que eu seja míope ao ponto de não ver por onde estou andando, nem que esteja esquecido ao ponto de não se lembrar das esquinas em que passei... é que algumas vezes eu gostaria de acender alguma luz salvadora, jogar algum sinal de fumaça, fazer os dias do calendário passarem rápido, gostaria cessar algumas dores, algumas ansiedades, preencher algumas lacunas, poder receber o que me espera e, mais uma vez, aprender mais uma lição. O tempo passa arrastado, o “tic-tac” do relógio se torna uma canção torturante, a rotina me cansa, as coisas não andam, e por não andarem me sinto parado, estagnado, e pra alguém que gosta de se movimentar como eu, é como se estivesse preso a correntes que pesam e doem aos pés, pés cansado sim, mas que têm forças pra puxar, esticar e romper qualquer uma dessas correntes que insistem a me prender e tirar meu fôlego. Só não sei como, nem quando, mas eu romperei.
Já é outono e os dias estão mais curtos, o sol brilha menos tempo nos céus... logo, logo chega o inverno e as expressões melancólicas da terra vêm a tona, tons frios ganham expressão, cores desbotadas são as flores da estação, nuvens cinzas dão o tom fosco, passiva de pinturas e desenhos no céu profundo, faz parte, mais uma vez o sol brilhará, mais na frente, eu sei, só me basta apreciar as estações que estamos passando, como no expresso do oriente, chegaremos em uma estação onde iremos descer, respirar fundo e soltar o ar em tom de alívio.
É sempre no amanhã que eu acredito, é na junção das palavras que eu entendo o contexto, o todo, o que posso fazer é escrever as linhas do meio, meio trêmulas, trepidantes e incertas, mas são minhas, só minhas... isso tudo por que o início já está escrito, e o final também.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

De onde vem a calma daquele cara?!



Naquele tempo não existia twitter, facebook, e etc... mas um cara tinha 12 discípulos e mais uns tantos milhões de seguidores, onde ele passava anunciava a boa nova e a alegria de sermos filhos do Pai dEle. Nada tinha em suas mãos, nada queria além de almas, coração... nem riqueza, nem glórias, nada deixou escrito mas temos tudo que ele nos disse em nossas mentes, como se fosse ontem, como se estivéssemos lá, ou como se ele tivesse escrito em nossa “timeline”. Porém, ele não entendia de ser valente, não sabia ser mais viril...
Homem de uma sabedoria invejável e calma inexplicável, ainda criança se destacou discutindo com os senhores do templo, veio falando de um reino que não era desse mundo, falando do céu, da salvação... logo encontrou perseguidores e a quem não agradava. Há muito tempo profetas e reis magos já falavam da vinda dele, já escreviam em antigos textos, ou testamentos, da vinda do filho de Davi, tantos outros falsos messias apareceram e foram embora com a mesma velocidade que chegara... mas esse cara era diferente, ele realizava milagres, quebrava protocolos até então intocáveis às leis judaicas, lutou contra os profanadores do templo de seu Pai, ajudava aos mais fracos, aos oprimidos, aos pobres, quem ele chamava pra segui-lo, eu, mero mortal, não os queriam perto de mim.
Confesso que sou humano demais pra entender (como diria Pe. Fábio de Melo), por que tanto amor, por que escolhia logo aqueles que qualquer um de nós não escolheriam, por que não escolheu os sacerdotes, doutores e reis? Por que não mostrou seu poder a todos que o questionavam e assim cessar com todo sofrimento que adiante esse homem passaria? (...) confesso que também não entendo por que esse homem foi traído, por que foi por um dos seus, por que o negaram três vezes, qual crime cometera? ... A resposta é mais simples do que pensamos, tudo se dá por que esse homem tão divino também era humano e no alto de sua solidão e desespero mostrou-se humano.

 “...Eu sou o que vocês são, não solta da minha mão, não solta da minha mão (...) Eu não vou mudar não, eu vou ficar são, mesmo se for só, não vou ceder. Deus vai dar o aval sim, e o mal vai ter fim, e no final, assim calado, eu sei que vou ser coroado rei de mim...” Los Hermanos

p.s.: Nessa postagem, nada de fotos, achei mais interessante apresentar esse vídeo, traduz tudo que eu gostaria de dizer...

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quanto tempo dura um "pra sempre" ?!



Quanto dura o “pra sempre”? Será que dura um beijo a mais, uma noite a mais, será que dura a uma declaração a mais, a um amor a mais!? Duraria, o “pra sempre”, sempre que alguém o proferir, ou duraria até desistir ou desiludir, ou desinteressar...?! ou talvez duraria, simplesmente, até o momento de não proclamar que esse infinito de possibilidades seja resumido a um “pra sempre” com prazo marcado pra acabar.
Seria o fim apenas seguir em frente ou seguir em frente pode ser um fim?! Já dizia o poeta que o pra sempre, sempre acaba... vou mais além e acredito que o que se findam são os clichês com que as palavras são colocadas, ou melhor, jogadas, o que se deteriora são os sentimentos de plásticos comprados à $ 1,99 em qualquer loja de conveniência, e que, por falar nela (na conveniência), vive presente, e, se dando de presente a corações solitários que tateiam algo ou alguém pra abraçar e beijar, declarando em uma sabedoria momentânea apoiada numa ilusão vã de que é o “pra sempre”, e que se um dia também findar, é por que não era o pra sempre, tampouco o “sempre”, era no máximo o “pra...”
Acho que o “pra sempre” não é uma expressão tão óbvia quanto parece, aliás, parece que a mesma é mais relativa do que absoluta, mais momento do que eternidade... na verdade traduzo o “pra sempre” como algo que diga: “...que seja infinito enquanto dure...” (Vinícius de Moraes), seja lá em qual sentido ele for usado, seja pra que for usado.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Inteligência Artificial !!



Sem perceber, nós somos frutos de uma sociedade que é autodidata em quase tudo, curiosos e meticulosos em aspectos globais, lutam diuturnamente por conhecimento, querem o saber, mas detestam o “estudar”, querem o “ser”, mas esquecem do “tentar”... Mas hoje em dia é tudo mais fácil, ninguém precisa ler um livro, assiste o filme dele, ninguém precisa ir à biblioteca buscar um livro qualquer, é só digitar no computador, ler a sinopse ou o resumo do mesmo, e nas melhores das hipóteses ler sua versão digital, o “e-book”, (já tentei ler alguns, não consegui terminá-los).
Criou-se, então, uma sociedade de pseudo-intelectuais, de falsos profetas e verdadeiros imorais. Em mais uma tentativa de fuga, continuo sendo um amante a moda antiga, daquele que prefere cartas à emails, flores à PowerPoint, livros à resumos, contatos à virtualidades, fatos à boatos, verdades à ilusões... continuo em marcha lenta quanto ao progresso da nova forma inteligência e suas novas versões. tenho, de certa forma, consciência das positividades no tocante à velocidade do progresso tecnológico, gosto de assistir na TV as novidades, mas confesso que tenho medo de onde isso está nos levando, confesso que tenho medo de saber até que ponto nós estamos levando isso... e na artificialidade da moderna tecnologia, onde formam-se pseudo-intelectuais, tenho medo de cair (ou de já ter caído) em aforismo, e acabar generalizando e ser generalizado, guardada as devidas particularidades.
Gostaria muito de ver projetos de incentivo a leitura e não projetos de “obrigação” a leitura, de ver livros sendo perdidos em algum lugar de propósito pra que alguém encontre, que nas escolas os professores também fossem amantes a moda antiga e percebessem que o que interessa não é a obrigação de seguir um cronograma medidamente estipulado mas sim alunos medidamente conhecedores... enfim, que a poesia fosse mais globalizada, que a arte fosse fomentada, que a cultura não fosse elitista, fosse inclusiva e não exclusiva.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Temos muito ainda por fazer...



Somos atarefados demais pra enxergar as coisas, no máximo, apenas vemos elas passando. No descuido apressado de uma tentativa de perfeição inacabada cegamos à face daquilo que é vida, mas que vida?! O que temos no máximo é uma existência mera e cotidiana, rotulada e “rotinada” em afazeres diários, domésticos, estéticos, muitas vezes fúteis, mas nunca os julgamos inúteis...
Em um mundo de chacinas, assassinatos, homicídios, suicídios e outros “ídios”... o que nos resta pra enxergar?! Será que nossa sociedade está fadada ao fracasso, a punição, a impugnação, isso é culpa do sistema, ou da falta de um sistema?!... será que eu tenho que acreditar em qualquer “Dr.” engravatado que aparece na TV me falando de fatos históricos que justifiquem, ou, que levemente, expliquem os acontecimentos absurdos que ora vivemos, nos falando de uma “tendência histórica”?!
Nos somos realmente fruto daquilo que vemos, que ouvimos, que vivenciamos... desde pequenos somos induzidos a viver num mundo de gigantes, onde só quem é bom sobrevive, é olho por olho, só que de um jeito mais moderno, tal como a Lei de Talião... e o que acontece com quem não é bom, não há espaço pra todo mundo não?!... somos ensinados a não chorar, a sempre levantar, a sacudir a poeira, o engraçado é que quem nos diz isso é quem nos derruba, é quem nos quer embaixo, aquele velho exército industrial de reservas que o Marx falava (e olha que eu odeio o cara).
Pois bem, me recuso a enxergar as coisas tão duramente, a entrar nessa roleta russa, sou fraco, cheio de mazelas, não primo pelo perfeccionismo, não luto pra ser o melhor, mas luto pra fazer o melhor, sou assim... junto comigo há um monte de “neuróticos” que comungam esse pensamento e é nesse mundo melhor que eu sonho, se isso é utopia, que seja, enquanto eu puder sonhar e fazer desse sonho minha realidade vou vivendo, escrevendo, poetizando, assim eu vou escapando do monstro voraz e feroz, tenho armas, são minha proteção, e eu te chamo: vamos juntos?! Vamos, pelo menos tentar, mostrar que há mais virtudes do que defeitos, que há mais seres humanos do que indigentes, que há mais lideres do que chefes, que há mais poesia do que sangue jorrado, que há mais livros que armas, que há mais canções do que ladrões, que há mais amor do que ardor.
(...) Que há um mundo inteiro pra pintar com cores novas, vamos lá...

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quinta-Feira Escura...



O que justifica?! O que leva a um ser humano a se vestir de “monstro” e destruir vidas de crianças indefesas, inocentes, no lugar onde elas deveriam estar seguras, onde os pais deveriam estar tranquilos em casa, pois seus filhos estavam na escola...
Meu senso de humanidade e justiça me bloqueia a ponto de perder as palavras e apenas escrever mais um desabafo dessa quinta-feira sangrenta, tento evitar o sensacionalismo e apenas quero externar o meu humanismo, minha sensibilidade. Podemos até ser acostumados a violência, a ver cenas de mortes, de crimes na tv, e mesmo sem entender quais, existem motivos pra tanta violência... droga, corrupção, dinheiro, poder e etc... mas e esse crime, qual o motivo? Razão? Por que esse rapaz fez isso, por que apenas meninas, por que tanta violência, crueldade. Será que nós ainda vamos continuar assistindo essas coisas de camarote?! Será que também teremos que aguentar goela a baixo mais esse tipo de crime?! Será que a TV ainda vai saborear essas manchetes e fazer disso uma fonte de assunto e de audiência...?!
Minha nossa, meu maior temor é de não saber pra que caminho nossa sociedade está caminhando, onde nós vamos chegar, o que de verdade queremos, será desenvolver-se e ao mesmo tempo excluir, será crescer e ao mesmo tempo cair, será levantar e não saber onde está...?! na verdade: “Nos deram espelhos e vimos o mundo doente”!

 ...
Mais um luto, e dessa vez é escuro, negro, revoltande, inacreditável... gostaria de não mais ter que escrever algo sobre essas coisas.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Chegaremos lá!?



Nos raros momentos de distração improdutiva, quando me ponho a assistir TV sem ter nada em especial pra acompanhar, nenhum noticiário, jogo de futebol, nem seriados como: Law & Order, CSI, Glee, 24 Horas... gosto de ver as publicidades, e uma em especial me chamou a atenção por seus detalhes e suas palavras chamativas, nela, a moça que falava, entre outras frases interessantes, falava: “Será que chegamos lá?!, e se chegamos, será que o ’lá’ continua lá?!”
Então... será que chegamos, ou ainda chegaremos?! E se nós chegamos, gostamos de estar? O que faremos? enfiaremos uma bandeira no chão e pulamos de alegria, ou apenas será um objetivo alcançado a mais?! Mais é o “lá”, vai estar lá esperando por nós? Será que sabemos onde ele está, ou será que ele se mudou? (...) Pra onde estamos correndo eu não sei, se é pra se proteger da chuva forte ou do sol escaldante não dá pra saber, as pessoas não dizem, não contam, estão sempre felizes, sempre prontas, a felicidade agora é uma ordem, sentimentos expostos são sinais de fraqueza, é proibido sofrer, lágrimas é falta de educação. Na verdade somos obrigados a chegar a algum lugar, “seja alguém!”, essa é a lógica do sistema.
As respostas pra essas indagações eu não tenho, apenas tenho mais perguntas, mais dúvidas, incertezas. Não sei onde é o “lá”, tampouco se eu vou chegar lá, mas, um cara de barbas brancas me ensinou onde é o aqui, o agora, e esse eu sei bem onde fica, onde é, é algo palpável, real, até então seguro, só sei que vai chegar a hora de sair do “aqui” pra ir pra o “lá”, e espero, sinceramente, chegar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Durante as noites...



Olá, alguém, por favor, me traz um café bem quente, um conhaque e um cd player, e papel e caneta... O café servirá pra eu não dormir e matar o vício; o conhaque pra organizar as ideias, será meu cachorro engarrafado; o cd player servirá pra desorganizar as ideias; a caneta e o papel servirão pra eu viajar, e eu vou pra longe, talvez pra onde não exista nenhuma gravidade, quero me livrar do peso da responsabilidade desse planeta doente, de ter que achar a cura pra cabeça e pra o coração da gente. (já dizia Lulu Santos e o Gabriel o Pensador)
Vou tornando as noites de insônia e inspiração como um mero atrativo turístico pra minha imaginação, a mesma já não é mais capaz de sonhar, ela agora viaja, vai longe, foge das redomas do dono, voa livre, sou incapaz de controlar, e nem quero mesmo, são nessas noites que os devaneios tolos já não mais me torturam, são nessas noites que o garoto aqui se torna dono de um universo completamente seu. Geralmente a trilha sonora desse universo é um silêncio ensurdecedor, porém, algumas vezes esse silêncio é surpreendido por um som de um violão mal tocado, solos inacabados, letras confusas, pensamentos tortos e decisões mais tortas ainda.
O conhaque já esta acabando, assim como o café e as páginas de papéis que agora não são mais aquilo que eram no início, apenas páginas, agora são escritos, postulados, pensamentos, imaginação, letras... quem dera eu também pudesse não ser aquilo que era no início, apenas um rapaz, e ser agora um ra...Paz, cheio de escritas, imaginações e sons... mas, por enquanto eu preciso pegar mais conhaque, mais café, mais papéis... volto já...