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Como diria Os Novos Baianos "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso". Não sou blogueiro e nem me identifico com o termo "escritor", apenas uso esse espaço pra depositar meus pensamentos em forma de palavras. Paraíbano e riotintense com orgulho.
"Se lembrar de celebrar muito mais..."
(Fernando Anitelli)

sábado, 31 de dezembro de 2016

Virando páginas...



Depois alguns meses sento-me para desenferrujar os dedos e a ideia, escrever o último capítulo deste livro me faz refletir sobre a importância das mudanças. Sobre os dias ruins que sucederam e pareciam não ter fim, sobre as marcas na pele e na mente que 2016 deixou, não no sentido de parecer melancólico, mas queria deixar algo gravado sobre a loucura de viver e superar-se.
Se a vida realmente é um plantio, 2016 foi um ano excelente para arar a terra, preparar o terreno, dissolver-se em momentos e esperar um tempo ideal para plantar e assim colher.
Se de cada momento se tira uma lição, por que não agora? Do olho do furacão não se observa a calmaria, da calmaria não se vê o furacão! Temos sempre a oportunidade de recomeçar e se re-inventar, de lidar de frente com os problemas e celebrar as soluções.
Das páginas viradas, dos novos livros a serem escritos, dos contos escolhidos, e das histórias que iremos contar.
“Don't look back in anger”, diz a música que ouço agora, é isso, abrace a vida e dance com ela, escolha o ritmo. Existem mais 365 novas páginas para serem reescritas, escreva.

sábado, 18 de junho de 2016

Terceira Pessoa...



Ela já não era mais a mesma.
(...)
Ele também não.
(...)

Os olhares se enfrentaram durante algum tempo naquela manhã meio improvável, e era semelhante como antes, mas todo o resto era diferente, nem a lua, nem o mar, nem a proposta de algo divino que os cobriram como na primeira vez. Mas, estavam ali, sem nenhum cenário de filme ou algo poético para ser deslumbrante.
Disfarçaram à lembrança do tempo com um abraço amistoso e um “e aí, tudo bem?”, o resto do tempo foi gasto com algo mais casual, curiosidades do cotidiano, fatos interessantes, relevantes... até que o silêncio quebrasse o barulho como um sibilo difuso e adequado.
Talvez o medo de reaver um passado, ou talvez o receio de ressuscitar uma história que, para não ser findada de forma trágica, fora encerrada de forma repentina, corroesse o contexto.
Ele nem esperava, ela também não, mas dizem que as coisas do destino são assim mesmo, imprevisíveis, até por que se não fosse imprevisível não se chamaria destino, se chamaria livro.
Embora todo arcabouço enlaçado que outrora sintonizava-os, ela parecia mais destemida, talvez calejada pelas surras da vida, talvez despojada pelos alto preços das escolhas, talvez totalmente desiludida do platonismo e do romantismo que a caracterizava.
Ele parecia mais maduro, mais duro, mais seco, mais insensível, mais desiludido, mais impedido, mais fudido! Mas, também continuara a ser ele, atrás de toda lapidação lenta e profunda que atravessara, e ainda julga atravessar, era ele, disso não tinham dúvidas.
Talvez, dessa vez, algum novo sinal foi dado, e o estúpido, como sempre, desligou os alarmes “por livre e meio estúpida vontade” e não entendera. Mas ela, apesar de diferente, continuara a ser ela... em Areia, em mar ou em terra.


Isso é, no fundo... no fundo... eram eles. Foram eles. Serão eles.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

E lá se vai.



Viagem de ventania... por que se chamava moço todos aqueles sonhos loucos, em que devotamos horas e horas. Ora jovens, ora velhos, ora crianças. Sorte daqueles que sabem se dar ao tempo, pois podem ser o que quiser na quantidade de tempo que julgar necessário. Apoiado na força da juventude que dá a liberdade de não olhar para trás ao dar o primeiro passo.
Mas, lá se vai mais um dia... e já não se chamava moço, porque já se chamava homem! Vem a calmaria da experiência, o peso da responsabilidade, a ansiedade por conquistas e resultados, a dor das cobranças... É a isso que chamam vida, que também continuara a se chamar sonhos, pois estes não envelhecem.
Que sorte a nossa, de tudo se fazer canção, de poder descansar o coração nas curvas de um rio, deixar apenas os sonhos irem cruzando as margens, deixar as penas de si mesmo, deixar-se mudando de rota a mercê do vento, a revelia do pensamento. Pois tudo que nos resta é o caminho... de pedra, de flores, de vento... enfim, o caminho. Que vai muito mais além do que a gente pode crer.
Podes crer!

sábado, 5 de março de 2016

Ela é música



Ela é daquelas que encanta pela doçura, pelo sorriso. 
É só conversar um pouquinho que da logo um reboliço.
As vezes paro e me pergunto: De onde vem isso?

Encanta, colore e faz bem. Ela é raridade, exala luz e fé. Tem personalidade firme, coisa de mulher. 

Esconde uma menina dentro de si, quando a mulher balança, a menina não a deixa cair. 

Tem jeito de flor, demonstra beleza, mas protege-se com seus espinhos, o que significa que pra para mãos insensíveis, um toque sem jeito possa ferir, e pareça não demonstrar carinho.

Ha, mas ela é impar, e acredita que o melhor estar por vir. Pede sempre a Virgem Maria que a livre do mal. Seguindo sempre em frente a fim de chegar em um ponto final.

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Migalhas? Não!



Não! Migalhas de amor não. O amor é muito pra ser implorado, insistido, dramatizado. Não adianta insistir, não é um jogo, tampouco competição. Ah, e se fosse, todos deveriam vencer, não haveria de ter perdedores.
Errou na mão aquele que acredita que é pelo poder da insistência que se cativa o amor, errou na mão aquele que define o amor, errou na mão aquele que acredita que quem ama são apenas os apaixonados ou comprometidos, errou na mão aquele que define o amor.
“Não basta o compromisso, vale mais o coração”, já dizia o poeta. Pequenos fragmentos de amor irradiam a glória e torna a vida mais leve. O amor não requer reciprocidade, condições ou adições, isso é tudo coisas de relacionamento – favor não confundir.
E o mundo vai rodando, e o amor vai acontecendo, não propagado, mas acontecendo. E é melhor acreditar nele, é lá que nasce a fonte do ser. É coisa pra profissional, por ora, fico aqui, com esse texto ama-dor.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Quer saber?


 
Não encontro lógica nas coisas que acontecem internamente, é como se existisse uma força interna dizendo que não é agora, que não é a hora. Não costumo perder tempo procurando sentido em tudo, mas é bem verdade que eu sempre quis entender meus passos e sempre quis saber onde eles me levaram, sempre quis saber bem onde piso.
Passei então a pisar antes de saber qual seria o solo e passei a me identificar com isso... ao “Deus dará”. Nessa luta invisível de forças que unem e separam, de universos que conspiram e divergem, fico esperando sentado pra ver quem ganha, não faço apostas, mas tenho meu favorito e também sei quem é o mais forte.
Não alimento as conspirações, nem dou morada a ilusão, luto com as armas que tenho, e por vezes nem luto... é que eu percebi que existem guerras que não valem a pena. Então repito o que por vezes eu já li por aí: quer saber? Que se ame! Quer saber mais? Que seja recíproco.



E que assim seja...