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Como diria Os Novos Baianos "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso". Não sou blogueiro e nem me identifico com o termo "escritor", apenas uso esse espaço pra depositar meus pensamentos em forma de palavras. Paraíbano e riotintense com orgulho.
"Se lembrar de celebrar muito mais..."
(Fernando Anitelli)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Mas já é Natal !!


Já é natal, mas ainda me lembro que ontem foi carnaval. O tempo passa mesmo voando, já passou até o vendaval. As desilusões permanecem, elas passam rastejando no meu quintal, às vejo com uma certa tranquilidade, tomo mais uma dose, olho e sorrio... ih foi mal... Talvez não era assim que tinha que ser, alguém trocou os roteiros ou era assim mesmo que tinha que proceder?
Dessa vez tive que parar e olhar pra trás, percebi que já fui longe demais, voltar significar desistir, e não foi pra isso que eu vim até aqui ... Passo mais uma página do livro e o monge vai tentando ensinar ao executivo coisas que eu jamais aprenderei (mas deveria) ... passo mais uma música e canto, Paulinho boca de cantor vai dizendo que pela lei natural dos encontros a gente deixa e recebe um tanto.
Ahhh, mas é natal, já fiz minha reflexão e não me esqueci de dar graças, pintei meu ano com as cores recebi, ele não foi colorido, foi colorível, sim... foi incrível. Tenho metas e objetivos pra o ano que vem, espero que você também! A principal delas é ter na mente: Se cair... sacode a poeira e volta a ficar de pé novamente. Huzzé Huzzé Huzzé.


sexta-feira, 28 de novembro de 2014

E se?


E se em algum lapso de coragem eu respirasse fundo, batesse em sua porta e pedisse pra entrar? Se eu dissesse que queria ficar, saber mais sobre sua casa, sobre sua bagunça, sobre seu desarrumado?
Talvez você dissesse que sua casa não era nenhum arranha-céu, nem que suas paredes foram feitas de giz, talvez você dissesse que seu nome não é Beatriz, a musa do Dante Alighieri, talvez você dissesse que sua vida não se trata especificamente de uma comédia, mesmo que seja divina... Eu, mesmo assim, diria que não tem problema nenhum!
 Você se pergunta se é perigoso a gente ser feliz. Respondo que não, não é perigoso, embora exija coragem, não é uma cilada, embora exija cuidado, não é fantasia, embora exija sonhos.
E se houver pagantes, e eles exigirem bis... a gente passa o chapéu, pois tudo tem seu preço.


terça-feira, 11 de novembro de 2014

"Um bom chá pra curar essa azia"



O que me motiva a escrever não são as certezas, são as dúvidas. As dúvidas instigam minha capacidade de raciocínio e me levam a um patamar de imaginação que nem sempre favorece o pensador. A única maneira de exalar esses devaneios tolos é escrever, é vomitar as palavras que habitam em mim.
Transito entre o mundo real e o abstrato com a mesma velocidade de um Guepardo, mergulho nas dores e nos amores com a mesma precisão de um caçador marítimo, transfiguro-me entre os iguais e me faço de diferente com uma simplicidade assustadora. Vejo, observo, analiso, planejo, relevo, refaço e revejo as coisas dia e noite, travesseiro à travesseiro, beijo à beijo, insônia à insônia.
Se eu sei viver... eu ainda não descobri ao certo! Mas, o que já descobri é que sei apanhar, aguento a pancada, embora não sem dor; Também descobri que não sei bater; Ao passo que descobri que também sei sorrir.
Preciso de um chá, não daqueles de sumiço, preciso daqueles que aliviam a tensão, a azia... daqueles que aliviam o medo, o receio! Daqueles que aliviam a pressão. Pois, às vezes, mesmo quando as coisas estão bem, precisamos ficar mais leves, pra fluir, pra voar, pra sorrir.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"O mundo é um moinho!"


“Ainda é cedo”, perceba que a vida não deve ser bem como demonstra os filmes de romance ou as novelas que a gente nem precisa assistir pra saber o final (Ou será que é?)... Por falar sobre final, eu nem sei dizer quando eles chegam, se eles chegam, por que chegam. Uns dizem que cada final é um recomeço, que cada fim representa a oportunidade de um novo início. Voltando a falar dos filmes, é sempre assim neles, é assim nas novelas... e, se dizem que a vida a imita a arte, e se nós aceitamos isso como um fato, então, cada fim é realmente um novo começo, ou no fim das expectativas, cada fim é uma continuação.
Portanto, “Ouça-me bem” é preciso força pra trilhar os caminhos quando a visão se turva e quando parecemos à beira do abismo, é preciso perspicácia e jogo de cintura pra adentrar os moinhos, sejam eles de vento, ideológicos, ou apenas devaneios tolos a nos torturar.
E se a vida “reduzir as ilusões a pó”, também há continuação, ou um novo começo para um novo fim! será assim nos tempos de dores... será assim nos tempos de amores. Sempre que a ilusão se reduz a pó, a verdade nos salta os olhos, Mário Quintana definia isso divinamente bem: A felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas.
“Preste atenção!”, pois como diz outra compositora “o êxito tem vários pais, órfão é seu revés”, parafraseando outro compositor, diria pra que não nos afobemos, “pois nada é pra já”... Mas, seja lá o que for, o que deve ser pra já é o dever de sermos melhores pra que possamos enfrentar os moinhos da vida de maneira mais poética.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Da importância dos simples gestos!

(Imagem via internet)

Há algum tempo atrás, uma amiga muito especial sonhou algo bem diferente, mas muito intrigante e lindo. No sonho dela, Nossa Senhora à pedia pra que me desse um recado: Pra eu nunca perder a Fé e que ela me amava muito. E dizia mais, pedia pra que ela me desse um beijo na testa, como sinal de proteção. Isso já faz um tempo, fiquei deveras emocionado ao receber tal relato, muito grato e feliz por ter sido o destinatário dessa mensagem... O mais legal é que o recado se repetiu, com mais ênfase, por meio de outra pessoa de muita fé, e mais uma vez o beijo foi dado e o recado transmitido. Me senti tão privilegiado que não havia outra reação se não orar e agradecer a Deus pela intercessora fiel que ele me deu. Maria, teu amor me encontrou e no teu colo de mãe eu reparo minhas forças e derramo minhas lágrimas.
Depois de muito tempo, passei por dificuldades enormes, que só eu, minha família e Deus sabem, entretanto, foi tão importante essas mensagens da Mãe Rainha pra mim, que nada poderia me abalar, minha Fé estava resguardada no que ela disse no sonho daquelas pessoas: Meu filho, nunca perca a fé, eu nunca irei te abandonar. E mesmo sem entender o porque de tudo, pude perceber que Deus está presente mesmo quando os milagres não acontecem, a Fé me sustentou e me sustenta até hoje, e a cada passo agradeço a Minha Mãe e a Deus o amor incondicional que Eles têm por mim.
Bom, foi então que, durante o VII EJC de Rio Tinto, recebi, de surpresa, mais um beijo na testa, dessa vez não foi acompanhado de um sonho, nem foi da mesma pessoa que outrora tinha sonhado. Acho que ela nem se tocou da importância daquele simples gesto pra ela, mas tão sublime pra mim. O mais engraçado é que quando eu fui te agradecer – dias depois – você disse que foi para “te proteger”, nem sabes o quanto foste usada naquele momento, principalmente quando dissestes que foi por “proteção”.

Às vezes as pessoas são especiais não só pelo que fazem, mas simplesmente pelo que são... pela essência... e é assim que acho que sejas. Não sei ao certo quais palavras usar pra descrever, ou para transmitir os sentimentos adequados pra ti. Gosto de usar as palavras pra tocar ao coração, assim como aquele beijo na testa, que aparentemente não tinha nada mais do que um gesto de carinho, tocou o meu.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Que nada é/foi em vão.


É tanta beleza que existe na simplicidade que fico me perguntando por que esperamos momentos ‘magníficos’ para poder ver o que verdadeiramente é essencial. Tem tanta coisa exposta visível a nossos olhos, e nós esperamos no ‘invisível’ para ver uma essência contida em tudo.
Tem música que inspira, tem gente que inspira, tem sorriso que inspira... Por que esperar o extraordinário pra ver a exuberância? Por que não treinamos nossos olhos e nossas mentes para ver no simples às coisas lindas?!
É um processo constante, acho que estou aprendendo, não é tarefa fácil, mas não é a coisa mais complicada do mundo, exige um pouco de dedicação diária, de reflexão... Exige um pouco de atenção, mas atenção! Não espere das pessoas mudanças, veja e seja a mudança, lembra daqueles pequenos atos? É neles que estão contidos todos os atos grandes.
Acredito estar em mudança, em transformação, em adaptação... seja lá qual for o nome mais adequado. O mundo me obrigou a isso, e a cada dia me obriga a coisas novas, coisas pequenas, mas novas. Ainda é muito difícil mudar de planos, planejo, ainda, cada passo, entretanto Deus vai me guiando pra os planos dele, diante disso eu calo o meu querer e apenas me deixo ir... não pretendo esperar que coisas “maravilhosas” aconteçam pra que eu perceba a beleza da vida. Vi no simples a importância, e do simples não pretendo sair.

Não pretendo pular nenhuma etapa, apenas deixar as coisas acontecerem naturalmente (acho que falei disso) ... Por que pra tudo que Deus mandar a gente só tem que dizer: Amém! Espero que sejas assim também.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

"Vai ver que não é nada disso..."

Onde foi mesmo que eu parei? Há, nossa, eu quase me esqueci que tinha isso aqui, esse espaço, esse universo particular... enfim, esse divã consagrado onde eu posso me acabar em palavras e não mais em silêncios, esperas, demoras.


Eu sou péssimo em retórica, em fazer com que as coisas tenham sentido então... nossa, não é meu forte. Não busco muito a atenção alheia, não quero foco, nem palanque. Quero apenas estradas, quero caminhar, não posso parar. Não quero um perfil cheio de companhias vazias. Não quero fugir, quero ficar aqui... e que este “aqui” seja em qualquer lugar. Eu sei, ta bom, é tudo sem sentido.
Ponho Legião pra tocar, ouço mil vezes algumas músicas, mas a cada vez que ouço menos elas fazem sentido... acredito que é isso mesmo que valha a pena: Não fazer sentido. Tudo que não é lógico é mágico. Tudo que não é previsível é estonteante. Talvez, deva ser por isso que eu não esteja esperando muito pela frente, planejo, planejo, planejo... essa é minha sina! Mas sempre muda algo, sempre sai algo do roteiro, do escopo, entretanto, por incrível que pareça, sempre fica mais lindo.
Ahhh, tem uma das músicas que gosto muito, que fala sobre construir florestas em desertos (interiores), preencher-se de si mesmo é algo lancinante, mas profundamente necessário. Ocupar os espaços vazios com verdades em lugares de antigos objetos que foram tirados ou que não cabem mais no mesmo lugar é renascer pra florescer... tudo isso por que as vezes não estamos na fase de colher, mas sim de plantar... e logo logo o deserto vira floresta, e logo logo tudo volta a fazer sentido.


“Tenho o que ficou e tenho sorte até demais”

sexta-feira, 21 de março de 2014

As rosas não falam?


Acho essa música genial, até por que eu acredito que elas falem. Não, não é bobagem.
Sabe, eu tive a sensação de que as rosas falam... tenho certeza que uma delas falou comigo, foram frases curtas, quase engraçadas. Ela me pediu algo, fiquei boquiaberto e perguntei-me: “Rosas falam?”, eu não tive tempo pra pensar na resposta, apenas atendi seu pedido, perguntei seu nome, ela me disse, era de uma espécie rara, bonita, bem viva.
Não demorou muito, encontrei seu nome em um catálogo enorme, lá estava ela, tímida, engraçada, quase que dava pra enxergar um sorriso em sua beleza. Lembro-me que pedi que ela guardasse bem minha lembrança, era a única coisa que até então ela tinha de mim... e o que eu tinha dela? Bem, eu não tinha nada além de seu nome e aquelas frases desencontradas que trocamos...
Mas, eu falei mesmo com uma rosa? Por que isso não saía da minha cabeça? Por que ainda não saiu? Bem, sei lá, só sei que não foram onomatopéias... Foi bem real.
Acreditar que tudo tem um “porque” e estes “por quês” justificam os meios e estes meios justificam os inícios e os inícios justificam os fins, é o que torna a vida um ciclo alucinantemente lindo.

O engraçado é que eu não a tinha visto, mas ela estava ali, o curioso é que não nos apresentamos, mas eu a conheci. Entretanto, eu acho que ela gosta de música, então, bom, isso eu sei fazer! posso encontrá-la nos meu acordes e nas músicas essencialmente dedicada à beleza da rosa.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Amanhã, talvez...


As vezes eu não sei onde quero chegar, na verdade eu não sei se exista um lugar em que queira chegar e simplesmente ficar! Eu não sei onde está o tão famoso “Porto seguro”, eu não sei por quanto tempo este será, de fato, seguro. Nem tão pouco, porto!
As vezes eu preciso ir embora de mim mesmo, entretanto, as vezes eu procuro me encontrar, voltar pra mim... É. Não dá pra mentir. Às vezes eu penso em voltar. Mas, será que dá? Ainda cabe na sacola? .. Mas, se eu voltar mesmo, o que vai continuar comigo, será que o mesmo que estava lá na frente ou o “eu passado” que eu deixei lá atrás?
Eu me procurei em textos, me encontrei. Eu me procurei nas minhas músicas e nas músicas que fiz, mas que não são minhas. Também me encontrei. Muito embora a estrada seja meu caminho, parar pra me encontrar é uma tarefa relativamente fácil, difícil é escolher quem de fato eu precise ser no momento... Mais música? Mais palavras? Mais silêncio?

Penso que talvez cante como o Los Hermanos: “Deixa ser como será, tudo posto em seu lugar. Então tentar prever serviu pra eu me enganar.”

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

"Só me acorda quando o sol tiver se posto..."


Ei mãe, sabe aquelas coisas que a gente não consegue entender? Pois é, acredito que elas foram feitas mesmo pra gente especular, ninguém tem controle do que é dito, muito menos do que é pensado. Não cabe a ninguém rotular ou julgar um pensamento ou um ato, não sabemos o que motivou tal lógica, será mesmo que existe uma lógica – não precisa existir!
Mas, ei mãe... tem muita gente invertendo valores, subjugando paixões, são coisas que eu não gosto de ver, prefiro minha guitarra elétrica e aqueles velhos amigos que não querem nem saber.
Por algum tempo eu tentei mudar o imutável, tentei fazer com que meus planos seguissem exatamente a estrada planejada, tantas e tantas vezes me frustrei, ou frustrei algo ou alguém... Tudo, talvez, envolto em um laço perfeito que julgava irrepreensível e inadiável.
Em 2013 acho que envelheci uns 10 anos, tratar do “não planejado” pra mim ainda é um dilema seriíssimo... Mas enfim, acho que to aprendendo a viver, “é tudo aprendizado, coisas boas ou ruins, previsíveis ou imprevisíveis, tenha, a gente intenção ou não”, senhora me disse outro dia. Quanta coisa, né? Quanta coisa acontece na nossa vida, na vida das pessoas, na vida dos outros, nas outras vidas.

"Por isso, mãe... só me acorda quando o sol tiver se posto!"