Quem sou eu

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Como diria Os Novos Baianos "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso". Não sou blogueiro e nem me identifico com o termo "escritor", apenas uso esse espaço pra depositar meus pensamentos em forma de palavras. Paraíbano e riotintense com orgulho.
"Se lembrar de celebrar muito mais..."
(Fernando Anitelli)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Palavreando...

De tudo, um pouco; do mal, o oposto; do fim,
o recomeço; de mim, o eu mesmo; de você, o espelho; do céu,
uma promessa; do dia-a-dia, a minha pressa.

Pra o egoísmo, o conjunto; pra solidão, 
um coração; pra todo não, um ‘por que?’; 
pra todo sim, um merecer; pra todo mundo, um bem-querer; 
pra tristeza, um sorriso.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Metrificando...



"Meias palavras e algumas xícaras de café; verdades completas e vaidades incertas; confusão e efusão; êxito e mérito, monstros e deméritos."

É que quando me sinto assim, surge uma necessidade enorme de exorcizar os pensamentos e sentimentos que nasceram tortos e que nunca vão se endireitar; dá uma vontade danada de metrificar o tempo, de abolir as barreiras, de não pensar em um passado, nem no presente, tampouco num futuro...
Quando me sinto assim, meu remédio é a escrita, minha válvula de escape é a música, transfiguro-me, e, mais uma vez, atravesso. É que as curvas do caminho fazem os olhos ficarem distantes, a neblina dificulta a boa visão, cabendo aos outros sentidos a tarefa de se apurar e de sobressair, alguns têm seu sexto ou sétimo sentido pra ajudar... parabéns !!
O que me cabe mesmo é aproveitar, pois o que não tem remédio, remediado está... seja aqui ou acolá, seja hoje ou no tardar, eu sei que um dia vai chegar e quando chegar há de levar e dissipar tudo que outrora me fez incomodar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Reciprocidade.



Os desejos que semeiam minha mente, também dominam o meu coração... é a famosa reciprocidade, que dá teoria se fez prática; de distante se fez perto... Habito o hábito de saber que penso e faço, que insisto e realizo, que atravesso-me, questiono-me...
Analiso o fato de abordar o novo de uma maneira nova, sem velhas teorias ou cartas marcadas, tampouco clichês com hora certa pra entrar e pra sair... tento fazer tudo novo de novo, tento tanto que de vez em quando, consigo... E quando não consigo, costumo duvidar, pois é, como já dissera alguém, “a dúvida é o preço da pureza”, falo de pureza de pensamentos, de sentimentos... falo de coisas que não escondo de baixo do tapete, nem debaixo da cama, mas talvez esconda por baixo do travesseiro, onde guardo sonhos também.

domingo, 18 de setembro de 2011

"Aviso aos navegantes":



“Mayday, mayday...”

Gritam, eles e elas, desesperadamente, clamando por afeto... por atenção!! e a tensão que insistira em permanecer em suas telas reluzentes que metaforizando o coração: “alguém fala comigo”, “por favor, eu chamo a sua atenção, não percebeu?!”... “alguém me dá atenção, afinal de contas, tem mais alguém aí?!” Clamam por uma voz que não seja apenas a sua repetida aos quatro cantos do quarto escuro.
Despertam, sem querer, em si, uma inquietude disfarçada, uma mistura dramática de sentimentos e confusões, aliada a suas próprias ilusões, uma fantasia de amor e ódio, de fé e descrença andando tão lado a lado que se confundem rotineiramente em piscar de olhos, em cair de lágrimas, no rolar das cobertas repletas de insônia, nos sonhos inanimados.
Tudo que se tenta é na intenção de avisar aos navegantes que esse mar de redes invisíveis, em que se propunha a navegar, também é revolto, e as clamas são fugazes nos seus pedidos de socorro.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Interstício.



Sempre chega hora, seja a hora de fazer alguma coisa, ou a de não fazer nada... de não querer mais nada, a não ser estar vivo e são, e nesse intervalo de tempo entre a ação e o descanso, entre o ato e fato, entre a espera nos ponteiros do relógio e seu “tic-tac”, os dias passam arrastados.
Perante esse interstício entre ser apenas um aprendiz ou companheiro, comungo da ideia de evoluir, transfigurar-me. Mas isso tudo é coisa minha... só minha !!
Então, entre intervalos de tempo e de espaço, tão falados por aqui, tento buscar as palavras certas, os sentimentos certos, não por temer o erro, mas por querer, dessa vez, acertar. E, só dessa vez, eu quero conseguir.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

"Vou-me embora para o passado"


Ele sempre pega os livros e discos e, de certa forma, volta ao passado, faz aquela viagem no tempo, onde se tinha novidades e diversão de verdade, músicas, interpretações... e ele vai da boemia de Nelson Gonçalves, à malandragem do Bezerra da Silva; da poesia do “poetinha”, às desafinadas propositais do Tom Jobim; das poesias finas, dúbias e requintadas do Chico Buarque; da tropicália, à luta pela democracia, dos caras pintadas; dos amores de Djavan, às dores do Adoniram; do rock’n’roll do Plebe Rude, dos Paralamas, aos poemas do Cazuza e aos abortos elétricos do Renato Russo... Toda essa viagem no tempo, vez por outra, ele faz.
E se pergunta se ainda existem heróis contemporâneos ou todos morreram de overdose?! ... ou na ditadura?! ... ou se encontram encostados na luxuosa mansão da subserviência!? ... Pois bem, a perniciosa sensação de abandono gera precedentes pra novas atitudes, que são bem-vindas por falta de opção, mas são de péssimo gosto... é que a nova geração se pôs a esquecer as lições dos mais velhos.
Feliz daqueles que lembram... que ouvem... e que ainda vivem no passado.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É como se eu levitasse...



Tenho esquecido um pouco a gravidade das coisas e flutuado mais. É cada vez mais frequente ser pego em sonhos, envolto em planos que ora são devaneios, ora tolos, ora nobres... ora ferinos, ora matutinos... ora meus, ora nem tanto.
Quem sabe um dia eu realize, quem sabe um dia eu relembre-os e diga pra mim mesmo: “ainda bem que não se realizaram”. Sei lá, a única coisa que sei é que não tenho mais razão, nem certeza das coisas... tenho apenas o futuro incerto e o tempo, ainda, a meu favor.
E lá vou eu, ou cá estou eu, sei lá... como eu disse, não tenho certeza de mais nada, a não ser daquilo que não quero e não gosto.