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Como diria Os Novos Baianos "Vou mostrando como sou e vou sendo como posso". Não sou blogueiro e nem me identifico com o termo "escritor", apenas uso esse espaço pra depositar meus pensamentos em forma de palavras. Paraíbano e riotintense com orgulho.
"Se lembrar de celebrar muito mais..."
(Fernando Anitelli)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

"Mil acasos"


Nas páginas do nosso livro, que escrevemos todos os dias, alguns capítulos insistem em não fazer muito sentido, até pra nós mesmos, autores da história.
É que na vida escrevemos sem borrachas, e as únicas coisas que podem fazer com que o capítulo, outrora escrito, tenha sentido novamente, são o tempo, as lições e os capítulos continuados, posteriores.
Eu ainda não sei se o capítulo que escrevi até alguns meses atrás está recheado de erros ou apenas eu adiei o final feliz pra os próximos escritos... O que eu sei é que se eu pudesse voltar atrás, acredite, erraria tudo exatamente igual... Tudo isso, porque tem sido as palavras incertas que escrevi nos dias turvos que têm me feito ver a beleza e a astúcia do Criador... Parece que agora acontece o inverso, parece que eu deixei de entender o que escrevi anteriormente, e passo a ler e reler cada vez mais os recentes capítulos, entendendo um pouco dos meus ‘porquês’ respondidos apenas agora.
O ciclo que eu esperava que se encerrasse ainda não tinha se fechado, a maré ainda não tinha amansado, os acasos não eram acasos, eram apenas casos clichês arraigados em metáforas fajutas, com todas as hipérboles e eufemismos.
Os mil acasos que aconteceram me trouxeram exatamente onde eu, sem querer, gostaria de estar... e é estando aqui que me deixo levar, escrevendo minhas páginas de cada dia, e dessa vez, entendendo o que escrevo; dessa vez, mais maduro em mim mesmo; dessa vez, não deixando que nada impeça a vontade; que ninguém deturpe minha liberdade... tampouco meus sonhos de dilúvios imaginários.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Quando crescer...


Quando eu crescer, vou querer ser aquilo que eu sonhava desde criança, e não era ser adulto que eu sonhava, era ser livre, era bater asas e voar, nunca foi me atolar em um terno e vender meu tempo por 8 ou 9 horas por dia... Quando eu crescer gostaria de ensinar às pessoas aquilo que eu sei, mas, sobretudo, gostaria de aprender com os outros àquilo que eu ainda não sei... Quando eu crescer, vou pedir alguns segundos de silêncio absoluto, baixar minha cabeça, não pra lamentar, mas pra ordenar minhas prioridades, pra lembrar-me de sorrisos bobos e tentar achar todas as conversas que eu já joguei fora...
Quando eu crescer, vou ver pessoas repetindo meus erros e que nada não adiantar dizer pra não fazer, pois elas vão fazer... Quando eu crescer, vou querer um beijo longo e um abraço apertado, vou querer ouvir, e, também, vou dizer “eu te amo”...
Quando eu crescer, vou continuar perdendo noites de sono por qualquer motivo mais interessante que dormir, vou acordar atrasado, com olheiras, vou olhar pra o lado, sorrir... e dizer que continuo nem aí.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Todo pensar...



Muito se fala sobre o que pouco se sabe... especulam, esbravejam, negam e afirmam... é assim que a humanidade reage às inércias da vida, os maus trapos são levados a sério com mais frequência do que os fatos relevantes... mas eu acredito que o ideal seria como diz o poeta: “quem sabe de tudo não fale, quem não sabe nada se cale, se for preciso eu repito”.
E assim vão moldando-se e “maldando-se” opiniões, conclusões... discussões. Vão entortando, cada vez mais, o pensar e abrindo precedente pra o falar... pois no mundo de muitos e tantos, jamais apenas uma verdade será absoluta.

domingo, 16 de outubro de 2011

Juntando as peças...


Montar quebra-cabeças não é uma tarefa fácil (pelo menos pra mim), o propósito é de não conseguir...
Espalho as peças por todo chão, esperando não faltar na hora de montar; pois parecia que as horas passavam mais rápidas no relógio, os dias passavam dentro e fora daqui com uma mesmice incomum, e o que eu encontrava não passava apenas de soluções passageiras. De tão estranho cheguei a duvidar, cheguei, até, a culpar a lua por isso; de tão impaciente e nervoso pelo fato de não ter, ainda, conseguido, tomei mais uma dose, parei um pouco... pensei, olhei as peças que tinha e questionei-me:”Se era mesmo isso que eu queria, por que ainda não faz sentido, por que a dúvida, por que não se encaixa, por que?!”
E por que eu to falando tudo isso agora? É por que eu larguei das ‘mãos’ que me seguravam, me desfiz das amarras, rasguei o protocolo da vida “correta e metódica”, mandei um “boa noite cinderela” pra minha covardia e me reservei o direito de querer o desafio pra criar o poder, pra criar o desejo.
E o vento vai soprando pra onde as peças devem ir, a inspiração surge involuntariamente, tudo volta a fazer sentido, as peças se encaixam, e eu finalizo o processo das dúvidas passando pra o processo de desenvolvimento e maturação, agora sim, faz sentido.

Pronto, quebra-cabeça montado!

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Doses de sincronicidade.


Havia mil caminhos a seguir, havia mil outros motivos pra viver e deixar de procurar fugas e histórias, havia dissabores que ainda não haviam saído da sua boca, havia mil outras prioridades e um repertório repleto de opiniões formadas e clichês conhecidos... Havia, por fim, também lembranças de um passado que de certa forma rotulava o amor como algo protocolar, com suas cartas marcadas e com sua bomba-relógio pronta pra estourar.
Mas ele não contava com os acasos, e nem precisavam ser mil ou mil e um, bastava ser um, e assim foi... pra que tudo que tinha vivido e escrito antes caísse por terra como fruta madura... veio forte como um temporal que invadiu o terreninho e limpou toda poeira de ‘farras’ passadas, e nem um lugarzinho no rodapé de sua biografia tinha mais espaço, foi tudo passado... passado por cima, como um rolo compressor, que nada mais deixou, a não ser lições e sabedoria pra o futuro - é isso, e unicamente pra isso que serve o passado, pra tirarmos lições e boas lembranças, deixando tudo que não for passar – e assim vai passando.
É que mesmo existindo algumas diferenças, as similaridades se tornaram mais fortes e as doses de sincronicidade começaram a fazer efeito, em um rápido processo onde o tempo fermentou suas reações e amplificou seu significado. E tudo se transformou.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

São tempos modernos !!?


“O mundo é teu... é teu umbigo...” (Humberto Gessinger / Carlos Maltz)


Somos frutos de um passado que viveu da destruição, somos construções modernas, com códigos de barra e patentes do que não é nosso, somos malhas de concreto construídos em cima de lembranças que o mundo tenta esquecer, com a farsa ilusão e premissa de que o futuro somos nós que temos que fazer... mas como podemos fazer alguma coisa, como é que o mundo pode ser nosso, se são eles quem mandam?
É meio complicado porque acredito que nós ainda estejamos no passado, tentando tapar buracos do que outrora era presente, tentamos apagar lembranças de guerras com mais guerras, só que de forma diferente: contra o terrorismo... na sua forma mais bonita: “guerra da paz”. Vivemos uma intolerância disfarçada e meticulosa associada aos interesses daqueles que tem voz e vez; Vivemos jogando poeira pra debaixo do tapete, até que alguém veja ou descubra e a partir daí se torne um problema; vivemos, enfim, o tempo todo, “tentando cuidar bem pra não ter que aprender perdendo tudo também”.
Somo um novo mundo com velhos defeitos, buscando um futuro sem parar de repetir erros do passado, só que de uma forma mais elegante, disfarçada, moderna, assim como os tempos... modernos.

“Corre risco teu sorriso, corre atrás do prejuízo... final” (Humberto Gessinger / Carlos Maltz)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dos meses que passam / Das coisas que acontecem !!




Sabe o que Setembro me trouxe? Trouxe aquilo que o Agosto escondeu... Setembro me trouxe aquilo que eu sonhava em ver, mas era apenas sonho com anjos, fotografias recortadas de um futuro que eu nem tinha vivido ainda... Setembro me mostrou que realmente foi culpa da lua e que eu não tinha nem noção disso.
Enquanto o Agosto me mandou ir embora, Setembro me trouxe de volta... Enquanto Agosto levou toda minha inspiração, Setembro me trouxe uma canção linda pra cantar, pra compor, uma canção que eu queria fazer, só não encontrava a forma, o jeito, o compasso, o ritmo... e agora que achei o tom exato, não quero mais deixar de cantar.
Dizem por aí que a gente só se sabe o valor do tempo quando vivemos o mesmo, pois agora eu digo que tanto faz o tempo que passe ou que já passou, já compus minha canção, já é Outubro, já fiz minha oração, já à escuto, já ergui minhas mãos para o céu e agradeci... sei lá onde eu estava esse tempo todo, sei lá sobre os dias de agosto, apenas sei que anjos mais velhos me disseram o que escrever, sopraram acordes e palavras aos meus ouvidos... e ironicamente, ainda era noite de agosto... mas eles falavam mais ou menos assim: “Só enquanto eu respirar...”
É mais ou menos isso, não me peçam pra explicar, pois preferi não entender. Mas... mais do que nunca, ta fazendo um sentido danado...

sábado, 1 de outubro de 2011

Enquanto o tempo me deixar...



E quando não dá certo, quem é o primeiro a levantar a mão e assumir a culpa?! Aliás, quem é que paga a conta das culpas?! Seria, o erro, um motivo de dívida ou de pagamento...? seria a falha, motivo de fraqueza ou força? E o prejulgamento dos atos falhos, são criticados por quem faz melhor ou por apenas estúpidos de plantão?!
A vida é escrever sem borracha, é pintar sem corretivos, é solar sem metrônomo, é não fugir do tempo e não precisar de fermatas pra fazer o tempo obedecer...
Já dizia o Nando Reis: “A vida não precisa de juízes, a questão é sermos razoáveis” ... então permitam-se errar, permitam-se arrepender-se, pois quem não se arrepende sempre erra de propósito, acerta as vezes sem querer e vive sem prazer; quem não se arrepende não sabe o que é fazer melhor da próxima vez, não sabe o que é errar, não sabe o que é levantar a mão pra falar de si, sem subterfúgios... quem não se arrepende não sabe pagar as contas dos erros.