(imagem via google)
Pra onde vão
os textos não postados, as palavras não ditas, as composições não tocadas, as
cartas não envidas, os e-mails apagados, as mensagens descartadas?
Em qual
fissura do espaço/tempo podemos nos encontrar com as coisas que não foram? Será
que elas continuam aqui?! Se sim, quando é o “aqui”?!
Em qual
dimensão paralela dessa existência podemos nos despir das nossas carcaças e nos
apresentarmos como somos e com o que temos: Leprosos ideológicos, deficientes
espirituais, sujos mentais. Aliás, será que precisamos mesmo de uma condição
especial para despojar-nos do que somos?!
Ah, por favor,
alguém me responde... Quem calcula qual o limite? E o “momento ideal”? Será o
coração, ou será a razão?!
Quem medirá com a trena da vida ou a
régua da existência, a possibilidade de desfacelamento da sensibilidade humana
eminentemente possível?
Em qual
caminho nos perdemos? Ou melhor... Quando iremos nos encontrar como seres
humanos e com a nossa essência? Que dilema é esse que a dialética não consegue
responder?
Enfim, embora
a falta de resposta nos inquiete, é preferível a ignorância poética do que a
certeza déspota. Entretanto não me venham com ”talvez” ... Pois o Talvez é uma linha
tênue entra a falta de coragem e a certeza! Não há vida no Talvez.
“Pra
onde vai todo nosso desalento? morre brisa nasce vendaval. Pra onde vai a reza
vencida pelo sono.. Ela vale? me fale... me de um sinal!”
(Fernando
Anitelli)